Jorge Paulo Lemann é um economista e empresário Suíço-Brasileiro de 84 anos. Em 2019, Lemann foi considerado pela Forbes um dos homens mais ricos do Brasil, com uma fortuna, até então, estimada em mais de US$16 bilhões.
Pensando nisso, muitos novos investidores sonham em seguir os passos de um dos homens mais bem sucedidos do país.
Logo, preparamos um artigo completo com a vida de Jorge Paulo Lemann e seus principais feitos.
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Quem é Jorge Paulo Lemann
O empreendedor que é renomado por sua habilidade em negociar estrategicamente, liderar empresas de alta performance e transformar ideias em grandes realizações é natural do Rio de Janeiro, filho de pais de origem suíça e detentor de dupla cidadania.
Ao consolidar sua presença em alguns dos negócios mais relevantes das últimas décadas no Brasil e no exterior, Jorge Paulo Lemann construiu um império corporativo que inclui uma diversidade de setores, como comércio, alimentação e decoração.
Com isso, acumulou uma fortuna estimada em US$ 18 bilhões juntamente com sua família no início de 2023, de acordo com a Forbes. Tal patrimônio o coloca como o segundo brasileiro mais rico e o 117º bilionário mundialmente.
Juntamente com seus sócios, Marcel Telles e Beto Sicupira, o empresário fundou o Banco Garantia e investiu em empresas como Lojas Americanas, antes de iniciar sua estratégia de criar a maior cervejaria do mundo, com a criação da Ambev, posteriormente da AB Inbev.
Através do fundo de investimentos 3G Capital, o trio investiu em companhias como Telemar, Gafisa e ALL, e adquiriu redes como Burger King, Tim Hortons, Popeyes, Kraft e Heinz, estas últimas em parceria com o investidor Warren Buffett, com quem possui amizade pessoal.
Além disso, Lemann é fundador de três organizações filantrópicas: Fundação Estudar, Fundação Lemann e Instituto Tênis.
Análise do patrimônio de Jorge Paulo Lemann
Jorge Paulo Lemann é um dos empresários brasileiros mais influentes e bem-sucedidos do mundo.
Lemann iniciou sua carreira no mercado financeiro, trabalhando para o banco de investimento Credit Suisse em Genebra. No entanto, ele logo percebeu que o ambiente notoriamente tradicional do setor financeiro não combinava com sua personalidade inovadora.
Por isso, em 1971, decidiu voltar para o Brasil e fundar o próprio banco de investimento, o Garantia.
Nos primeiros anos, o Garantia enfrentou dificuldades, mas conseguiu se consolidar com a ajuda da expertise e visão estratégica de Lemann. Em 1976, o banco recebeu uma proposta de compra do banco americano JP Morgan, mas Lemann conseguiu dificultar o negócio e decidiu entrar no ramo de bancos de investimento.
Ao mesmo tempo, Lemann começou a reestruturar a sociedade do Garantia, forçando os sócios fundadores a venderem suas partes para que ele pudesse trazer novos investidores para a empresa. Com isso, o banco começou a crescer e adquirir novos negócios, como a Lojas Americanas, em 1982.
Apesar dos desafios financeiros enfrentados pela empresa, Lemann viu uma grande oportunidade de lucro e tornou-se, junto com seu sócio Beto Sicupira, o responsável pela reestruturação e revitalização da rede de lojas.
Em busca de referenciais e aprendizado, Lemann e Beto fizeram uma visita ao fundador do Walmart, Sam Walton, que se tornou mentor e amigo dos dois.
Já em 1993, Lemann, Beto e mais um sócio fundaram a GP Investimentos, empresa de private equity que se tornou referência no mercado brasileiro.
No ano seguinte, o Garantia teve seu melhor ano, com lucro de quase US$ 1 bilhão, mas, em 1998, após os efeitos da crise asiática, foi vendido para o Credit Suisse por US$ 675 milhões.
Apesar do fim do Garantia, Jorge Paulo Lemann já estava focado em novos projetos e negócios. Hoje, ele é um dos homens mais ricos do mundo e sua trajetória é fonte de inspiração e aprendizado para muitos empreendedores e investidores.
A criação da Ambev
A história da Ambev teve início em 1989, quando o empresário Jorge Paulo Lemann decidiu comprar a cervejaria Brahma por US$ 60 milhões.
Com a meta de cortar despesas em 10% e aumentar a receita na mesma porcentagem, ele escolheu Marcel Telles como o responsável por transformar a empresa em um negócio lucrativo.
Em apenas dois anos, o lucro triplicou e 35% dos melhores funcionários receberam um bônus de até nove salários. No entanto, foi a implementação do Orçamento Base Zero em 1998 que levou a Brahma a se tornar ainda mais rentável.
O programa de controle de custos radical fez com que a empresa pudesse, em 1999, adquirir sua concorrente Antarctica e formar a Ambev.
A cultura da Brahma, que bonificava os funcionários com até 18 salários caso atingissem suas metas, foi mantida na Ambev. Mas ao longo dos anos, o ambiente de trabalho gerou polêmica e até mesmo processos por assédio moral.
Em 2004, após meses de negociações, foi anunciada a fusão da Ambev com a empresa belga Interbrew, resultando na InBev.
Com a criação da InBev, Lemann, Telles e Beto passaram a ser os maiores acionistas individuais da empresa, que se tornou líder no setor cervejeiro em volume, atuando em 140 países e representando 12% do mercado.
Desde então, a InBev passou a adotar uma estratégia de expansão agressiva, adquirindo diversas outras marcas cervejeiras em todo o mundo.
Em 2008, a InBev comprou a gigante norte-americana Anheuser-Busch e, em 2016, concluiu a aquisição da SABMiller, tornando-se a maior cervejaria do mundo com uma receita anual de aproximadamente US$ 45 bilhões.
Apesar de sua grandeza e sucesso global, a AB InBev, como é conhecida atualmente, ainda é liderada pelos mesmos princípios e cultura empreendedora de seus fundadores.
A história da Ambev é um exemplo de como uma empresa brasileira se tornou uma líder global em seu setor, demonstrando a visão estratégica e a determinação de seus fundadores, que continuam aprimorando o seu negócio e buscando novas oportunidades de crescimento.
A infância de Jorge Paulo Lemann
Jorge Paulo Lemann nasceu no Rio de Janeiro e seu pai era suíço. A perda do pai quando tinha 14 anos não abalou sua infância confortável, marcada por uma inteligência e dedicação notáveis.
Após concluir o ensino médio, foi cursar Economia na renomada Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Sua capacidade de aprendizado lhe rendeu a graduação um ano antes do previsto. Em seguida, retornou brevemente ao Brasil para trabalhar em uma corretora de valores.
Em busca de novas oportunidades, Lemann mudou-se para a Suíça, país de origem de sua família, e atuou no renomado banco Credit Suisse.
A família de Jorge Paulo Lemann
A vida pessoal de Jorge Paulo Lemann sempre foi bastante discreta. Ele foi casado duas vezes e é pai de cinco filhos.
Seu primeiro casamento foi com Maria de Santiago Dantas Quental, com quem teve três filhos: Anna Victoria, Jorge Felipe e Kim Esteve. Após a trágica morte de Maria em 2005, Lemann casou-se novamente, desta vez com Susanna Lemann, e teve mais dois filhos: Marc e Lara.
Mesmo ocupado com suas responsabilidades como empreendedor, Lemann sempre priorizou sua família. Ele procurou encontrar um equilíbrio entre seu trabalho e seu papel como pai e marido.
Lemann é conhecido por ser um pai amoroso e comprometido e sempre incentivou seus filhos a seguirem seus próprios caminhos, inspirando-os com seu próprio exemplo de aprendizagem e espírito empreendedor que o levaram ao sucesso.
Além de apoiá-los, Lemann criou seus filhos com a crença de que eles devem seguir suas próprias paixões e sonhos.
Os filhos de Jorge Paulo Lemann
Os cinco filhos de Lemann são todos bem-sucedidos de suas próprias maneiras, seguindo os passos do pai no mundo empresarial ou escolhendo seus próprios caminhos.
Anna Victoria Lemann é membro do conselho da Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos dedicada a melhorar a educação pública no Brasil.
Jorge Felipe e Kim Esteve seguem ativos no mundo dos negócios e fazem parte da 3G Capital, empresa de private equity fundada por seu pai. A 3G é reconhecida por sua habilidade em adquirir empresas em dificuldade e transformá-las em líderes de mercado.
Quanto a Marc e Lara, os filhos mais novos de Jorge Paulo Lemann, ainda estão em fase de formação. Ambos estão atualmente na escola, mas, considerando a influência do pai, é possível que também sigam carreira no mundo dos negócios no futuro.
Esporte
Além de sua trajetória de sucesso nos empreendimentos, Jorge Paulo Lemann também tem uma longa conexão com esportes, especialmente tênis.
Ele começou a praticar o esporte na infância e continuou ao longo da vida, mesmo durante sua carreira empresarial. Lemann representou o Brasil na Copa Davis e competiu em Wimbledon, um dos maiores torneios de tênis do mundo.
Ele também foi vencedor cinco vezes do campeonato brasileiro de tênis. Mesmo após se aposentar, Lemann manteve seu interesse pelo tênis e financiou o avanço do esporte no país. Para ele, o esporte é capaz de ensinar importantes habilidades, como disciplina, trabalho em equipe e resiliência, que também são essenciais no mundo dos negócios.
Lemann frequentemente usa o tênis como uma metáfora para os negócios, pois ambos exigem estratégia, precisão e habilidade de se adaptar rapidamente às mudanças.
Quais foram os primeiros passos dados por Lemann?
Em 1979, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira adquiriram a corretora Garantia, que posteriormente se tornaria o banco de investimentos Garantia. Foi nesse negócio que os três sócios começaram a moldar seu modelo de alto desempenho. Em pouco tempo, o Banco Garantia alcançou grande reconhecimento no país.
Em 1981, os sócios deram seu primeiro passo no varejo ao comprar a Lojas Americanas. Inspirados no modelo do Walmart, eles transformaram a empresa em um dos principais players do mercado.
Com uma quantidade significativa de dinheiro no Banco Garantia, Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, decidiram expandir seus horizontes. Em 1989, eles adquiriram a cervejaria Brahma por US$ 60 milhões.
A marca, que era muito popular no país, estava em competição com a Antarctica na época da “guerra das cervejas”. Essa compra foi o pontapé inicial para a formação do maior conglomerado de cervejarias do mundo.
Após uma década, a visão dos três empresários ficou ainda mais clara. Eles compraram a Antarctica e fundiram as duas empresas, criando a Ambev em 1999. A companhia nasceu como a terceira maior cervejaria e a quinta maior empresa de bebidas do mundo.
O “sonho grande” dos empresários demonstrava para o mercado que coragem, disposição para assumir riscos e ambição eram fundamentais para o sucesso no mundo corporativo.
Como Jorge Lemann ganhou dinheiro com a Ambev?
Os sócios da empresa Ambev implantaram a cultura de meritocracia e bonificação baseada em metas, que originalmente haviam criado na Brahma, fazendo com que essa cultura se estendesse à Ambev. Essa cultura se tornou referência no cenário de startups no Brasil e passou a ser ensinada em universidades.
Em 2004, foi anunciada a fusão da Ambev com a cervejaria belga Interbrew, dando origem à AB Inbev. Com 14% do mercado mundial e uma receita combinada de US$ 11,9 bilhões, essa operação permitiu que a Ambev assumisse o controle das operações da América do Norte à América do Sul, incluindo marcas como Stella Artois.
A expansão seguia em ritmo acelerado, com a aquisição de outras empresas, como a aliança com a cervejaria argentina Quinsa e a uruguaia Porteña.
A Ambev também adquiriu o Grupo Modelo, maior produtora de cerveja do México e proprietária da marca Corona, e expandiu seus negócios para o mercado europeu e asiático através da empresa Interbrew.
Nos anos seguintes, a AB Inbev continuou a adquirir novas marcas e empresas, como a Wäls e a Colorado no Brasil, e a SABMiller, por US$ 109 bilhões, que acrescentou marcas como Peroni, Pilsner Urquell e Grolsch ao portfólio da empresa.
Essa aquisição também permitiu à AB Inbev entrar no mercado africano, considerado em desenvolvimento.
Para diversificar ainda mais sua linha de produtos, a AB Inbev adquiriu também a marca de sucos naturais Do Bem, aproveitando o crescimento desse segmento nos últimos anos.
Patrimônio líquido de Jorge Paulo Lemann
Os números de 2023 mostram que Jorge Paulo Lemann possui hoje uma fortuna de mais de 80 bilhões de reais – cerca de 16 bilhões de dólares.
Os números da revista Forbes mostram que ele é a pessoa mais rica do Brasil, à frente de Eduardo Saverin, cofundador do Facebook.
O que podemos aprender com a fortuna de Jorge Paulo Lemann
Inegavelmente, a história de Jorge Paulo Lemann, um dos homens mais ricos do Brasil e do mundo, pode oferecer valiosas lições sobre empreendedorismo, liderança e sucesso.
Sua fortuna é estimada em mais de 79 bilhões de dólares, fruto de sua trajetória de sucesso no mercado financeiro e de investimentos.
Uma das primeiras lições que podemos aprender com Lemann é a importância do foco e da determinação. Desde cedo, ele se destacou como um grande atleta, competindo em diversos esportes e sendo reconhecido por sua disciplina e dedicação.
Essas características foram fundamentais para sua caminhada no mundo dos negócios, mostrando que a persistência e o trabalho árduo podem levar ao sucesso.
Outro ponto importante é sua visão de negócios inovadora. Lemann sempre esteve à frente de seu tempo, enxergando oportunidades onde poucos viam e apostando em novos modelos de negócios.
Além disso, Jorge Paulo Lemann sempre foi um líder inspirador, com capacidades naturais de liderança. Ele sabe motivar e unir equipes, delegar responsabilidades e tomar decisões difíceis, tendo como base valores como meritocracia e excelência.
Essa habilidade foi fundamental para o sucesso de seus negócios, como a criação da Ambev e a fusão com a InBev, o que resultou na maior empresa de bebidas do mundo.
A preocupação com a gestão de pessoas também é notória na trajetória de Lemann. Ele valoriza o desenvolvimento e capacitação de seus colaboradores, promovendo uma cultura de meritocracia e oferecendo oportunidades para que seus funcionários cresçam junto com suas empresas.
Essa visão de longo prazo e a importância dada aos colaboradores fizeram com que muitos deles se tornassem sócios e até mesmo bilionários ao lado de Lemann.
Por fim, a fortuna de Jorge Paulo Lemann também nos ensina sobre a importância da generosidade e responsabilidade social.
Desde a criação da Fundação Lemann, que promove projetos de educação e empreendedorismo social, até a adesão ao movimento “Giving Pledge”, que incentiva a filantropia entre os bilionários, Lemann mostra que é possível acumular riqueza e, ao mesmo tempo, contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária.
Perguntas Frequentes
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